Encontre no blog

Mostrando postagens com marcador Estado de Bem Estar Social. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estado de Bem Estar Social. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de março de 2012

CIDADES FANTASMAS - A FARSA DO CRESCIMENTO CHINES


Olá queridos alunos, Comentei com vocês em sala de aula na sexta-feira, sobre o Estado de Bem Estar Social na China, e como o governo Chinês tem subsidiado a construção de shoppings e bairros fantasma para manter uma certa "segurança no mercado de trabalho", eis o vídeo falando sobre o assunto... São 14 min. em inglês, mas legendado em português. Assistam com o senso crítico aguçado!!!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Atividade para fixação do conteúdo: Estado de Bem Estar Social

Pessoal do 1 e 2EM, conforme combinamos seguem algumas questões pontuais sobre o tema trabalhado hoje: Estado de Bem Estar Social.

Instruções:
Leiam o texto postado em 01/03 "Texto da Aula Estado de Bem Estar Social" http://sociofilo2012.blogspot.com/2012/03/texto-da-aula-estado-de-bem-estar.html

1) Com base no texto acima, dissertem sobre o círculo virtuoso proporcionado pelo Estado de Bem Estar Social (Welfare State) no pós Guerra.

2) Expliquem como funciona o sistema de Bem Estar, quais são suas características e o que ele contempla.

Bom pessoal, não economizem palavras, por mais que eu tenha pontuado apenas duas questões apenas, quero texto ricos, bem desenvolvidos e principalmente com elementos discutidos em sala de aula.
Ah... não é necessário que as questões sejam repondidas em esquema de pergunta e resposta, quem preferir pode produzir um único texto contemplando os dois questionamentos.

A segunda atividade corresponde à matéria do Jornal O Estado de São Paulo
http://sociofilo2012.blogspot.com/2012/03/materia-do-jornal-o-estado-de-sao-paulo.html

Leiam e apontem quais são as políticas de Bem Estar Social presentes na Grécia, destaquem como essas políticas estão se fragmentando.

Por último assistam ao vídeo postado no Blog http://sociofilo2012.blogspot.com/2012/03/politicas-publicas-redistribuicao-de.html
Farei questionamentos em sala de aula sobre o tema exposto pela Profa. Dra. Roseli Coelho.  A Profa. Dra. fala sobre os 15 anos do Real e o Sistema de Bem Estar Social no Brasil.

As atividades são para entregar no dia 09/03, ou seja, próxima aula.
Qualquer dúvida entrem em contato.
Beijos

quinta-feira, 1 de março de 2012

Texto da aula Estado de Bem Estar Social

O que é Estado de Bem Estar Social?

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países do centro do capitalismo passaram a experimentar um crescimento econômico sem precedentes. Mas a população ainda era carente de direitos básicos, era necessária uma distribuição de renda, além disso, os movimentos sociais precisavam ser suprimidos. Nesse contexto, surge o Estado de Bem Estar Social.

O objetivo principal do Estado de Bem Estar Social (Welfare State) era gerir os riscos de vida que as pessoas enfrentam na doença, na velhice, em situações de desemprego, etc., além de remediar os efeitos negativos produzidos pelo mercado sobre aqueles que lutam por satisfazer suas necessidades básicas.

O Estado de Bem Estar Social não só amenizou as tensões sociais como também favoreceu a emergência de um círculo virtuoso que, ao expandir os direitos sociais, consolidou a cidadania em um grupo restrito de países de economias avançadas.

Podemos definir Estado de Bem Estar Social como aquele em que o governo desempenha um papel fundamental no enfrentamento da pobreza, do desempenho e da desigualdade de renda, por meio da oferta ou subsídio de bens e serviços à população.

O sistema de bem estar pressupõe um conjunto de medidas de política social e econômica que propiciam: segurança no mercado de trabalho (garantia dos salários, de postos de trabalho, condições de trabalho, representação dos interesses do trabalho), pleno emprego, garantia de renda (seguro-desemprego, auxílio família e auxílio doença) e proteção contra riscos da vida social (saúde, educação e habitação).

O Estado de Bem Estar Social teve seu apogeu entre 1948 e 1973, quando a eclosão da crise mundial do petróleo rompeu o círculo virtuoso descrito acima, fragmentando o Estado de Bem Estar Social.

Por conta dos altos custos financeiros dos sistemas de bem estar, conservadores como Margaret Thatcher (primeira ministra da Grã-Betanha entre 1979-1990) e Ronald Reagan (presidente dos E.U.A.  entre 1981-1989), decidiram promover uma mudança radical na agenda social de seus governos.  As medidas que foram adotadas pelos conservadores deslocaram a responsabilidade do setor público em diversas áreas da política social (incluindo a previdência e a saúde) para o setor privado – o que acabou por intensificar a fragmentação do Estado de Bem Estar Social. Ou seja, a política de bem estar deixa de ser universal.

Universalização versus focalização

Nos Estados de Bem Estar Social “que fornecem benefícios universais, a previdência em tempos de necessidade é um direito que deve ser usufruído igualmente por todos, independentemente do nível de rendimento ou estatuto econômico. Os benefícios com base na avaliação de meios de cada um, pelo contrário, são disponibilizados apenas a alguns indivíduos, cuja elegibilidade é determinada com base no rendimento e poupanças. O futuro da segurança social está sendo debatido na maior parte dos países industrializados. De um lado, estão aqueles que acreditam que a segurança social deveria ser bem financiada e universal; de outro, as pessoas que acreditam que deveria servir apenas como uma rede de segurança para aqueles que realmente não podem obter ajuda de outra forma.” (Antony Giddens)

Estado de Bem Estar Social no Brasil

“São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maturidade e à infância, a assistência aos desamparados” [...] Constituição de 1988.

A evolução do Estado de Bem Estar seguiu caminhos diferentes dos E.U.A. e países da Europa. Após a proclamação da República, em 1889, estruturou-se um Estado controlado pelas oligarquias agrárias com um caráter claramente conservador. As demandas sociais eram tratadas como casos de polícia, e os conflitos decorrentes da relação capital trabalho não tinham qualquer regulamentação jurídica.

Com a crise da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, a produção cafeeira no Brasil sofreu uma grave crise. Inicialmente o governo de Washington Luís comprava o café produzido no Brasil para manter os preços (Convênio de Taubaté), mas com o acirramento da crise o governo deixou de “socorrer” os cafeicultores, fato esse que culminou na derrubada do governo de Washington Luís e tomada do poder por Getúlio Vargas, a chamada Revolução de 1930.

Esse contexto criou condições para que um novo tipo de Estado de Bem Estar se desenvolvesse no Brasil. Atendendo aos interesses da burguesia industrial e, ao mesmo tempo, garantindo direitos mínimos aos trabalhadores, esse Estado interventor adaptou à realidade nacional as políticas sociais existentes na Europa e nos E.U.A., entretanto, estava longe de ser um direito de todos os cidadãos brasileiros.

Desde 1930 a cidadania no Brasil se restringe àqueles que estão inseridos no mercado de trabalho formal.

Para enfrentar esse problema, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), implementaram políticas redistributivas como o Programa Bolsa Escola (2001) e Bolsa Família (2003), sendo que o Bolsa Família promoveu a transferência direta de recursos às famílias pobres.

“Dê o peixe agora para evitar que a pessoa morra de fome, mas também ensine a pescar para que deixe de depender de quem lhe dá peixe”. Betinho.

Direitos civis, políticos e sociais

Direitos civis – liberdade individual: liberdade de religião, de pensamento e de expressão; liberdade de ir e vir; direito à propriedade e a contrair contratos; direito a um tratamento legal justo.

Direitos políticos – garantem ao cidadão participação na atividade política: direito ao voto, de assumir cargos públicos e de participar no processo político como eleitores ou como representantes.

Direitos sociais – oferta de serviços públicos: direito à educação, saúde, habitação e previdência social. Esses direitos respondem às necessidades humanas básicas, assegurando o direito a um bem estar econômico mínimo.

A conquista dos direitos sociais é de fundamental importância para o ideal de igualdade

Neoliberalismo e a teoria do Estado “mínimo”.
Num ambiente de grandes transformações na ordem mundial, desde o final da Segunda Guerra Mundial, começaram a se destacar economistas “neoliberais”, defensores do chamado “Estado mínimo”. Sua principal ideia é que as atividades econômicas devem estar nas mãos da iniciativa privada, com mínima interferência do governo. Este deve se retirar do mercado, inclusive se desfazendo de suas empresas por meio de processos de privatização. Uma das principais críticas feitas pelos neoliberais aos países com forte intervenção estatal na economia é que a ação protecionista do Estado atrapalha o desenvolvimento tecnológico.

Fonte:
DIMENSTEIN, G., RODRIGUES, A. M.M, GIANSANTI C. A. Dez lições de Sociologia para um Brasil cidadão. Vol Único. São Paulo: FTD, 2008.

Políticas Públicas - Redistribuição de Renda - por Roseli Coelho - 30.06...

Matéria do Jornal O Estado de São Paulo sobre a crise do Estado de Bem Estar Social na Grécia e Europa...

Crise grega esfarela estado de bem-estar

Pela primeira vez desde o fim da 2ª Guerra Mundial, um país da Europa promove o desmonte dos mecanismos de proteção social
JAMIL CHADE, ENVIADO ESPECIAL / ATENAS - O Estado de S.Paulo

Há duas semanas, as aulas recomeçaram na Grécia, depois de três meses de férias de mais um tórrido verão. Mas os alunos logo descobriram que a crise desembarcou com força. Nenhuma das escolas públicas do país recebeu os livros escolares para o ano e pelo menos metade não tinha nem sequer giz para os professores.


O motivo foi a decisão de editoras e empresas de não mais entregar o material diante dos calotes sucessivos do Estado. A polêmica escancara uma dura realidade na Grécia: a crise da dívida chegou ao cidadão comum e, pela primeira vez desde o fim da 2.ª Guerra Mundial, um país europeu promove explicitamente o desmonte do estado de bem-estar social, que por décadas foi motivo de orgulho da Europa.

Por exigências do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, a Grécia precisa promover reformas, reduzir o tamanho do Estado e encontrar uma saída para uma dívida pública que muitos já consideram impagável. Sem essas medidas, a Grécia seria obrigada a decretar falência, o que teria consequências sociais e políticas devastadoras. No governo, e mesmo na sociedade, a constatação é de que a Grécia viveu durante anos além de suas capacidades financeiras.

Colocado contra a parede, o governo socialista de George Papandreou não teve outra opção senão a de iniciar uma onda de cortes. O Estado percorreu o interior da Grécia, a capital Atenas e algumas das principais ilhas, apenas para constatar que a face mais dura da crise está sendo paga não por bancos ou pelo Estado, mas pela população.

Os dados oficiais já mostram que a redução no tamanho da economia será duas vezes superior ao que os Estados Unidos perderam em 1930. Entre 2009 e 2012, a Grécia terá uma redução de seu PIB em 15%, segundo o FMI. Uma década será necessária para reconstruir o país.

O problema é que, para uma parcela grande da população, essa década perdida pode também significar uma geração perdida. O desemprego chega a 16%, o dobro em dois anos, e 15% das pequenas e médias empresas fecharam as portas. 100 mil dos 750 mil funcionários públicos serão demitidos até 2015 e dezenas de serviços sociais deixarão de ser oferecidos.

Hospitais. Se as crianças nas escolas já sofrem com a falta de livros, outro sinal do desmonte do estado de bem-estar social está na assistência médica aos mais velhos. Quem tem aposentadoria superior a 1,2 mil sofrerá um corte de 20%. A ex-professora Agathe, em Atenas, já pensa em buscar um novo apartamento, mais barato e em um bairro afastado do centro, para compensar as perdas na renda. "A crise vai obrigar que eu mude de casa. Definitivamente, a crise chegou a todos."

Um capítulo crítico da crise tem sido os hospitais. Há uma semana, a fabricante de remédios Roche anunciou que parou de entregar medicamentos aos hospitais públicos gregos. O motivo: o Ministério da Saúde não pagava suas contas há dois anos.

Se o governo não receber a sexta parcela da ajuda da UE, de 8 bilhões, os médicos não receberão os salários. O Estado visitou o hospital da cidade turística de Fera. O contraste não poderia ser maior. No local, hotéis cinco estrelas repletos de alemães que se queixam de ter de socorrer os gregos. Dentro do hospital, a vergonha dos funcionários diante do corte de recursos. "Temos de fazer o mesmo trabalho com metade dos recursos", contou um deles, que pediu para não ser identificado. Quando a direção do hospital se deu conta da presença da reportagem no local, não hesitou em nos expulsar.

Mas o que não se consegue esconder é que a crise na saúde já afeta a população. Dados oficiais do Ministério da Saúde apontaram que a taxa de suicídios passou de 3 para cada 10 mil pessoas em 2008 para 6 em 2010. Segundo Aris Violatzis, da entidade de ajuda psicológica Klimaka, o número de pessoas que ligam para a organização pedindo socorro se multiplicou por dez em dois anos. "O perfil mais comum de pessoas pedindo ajuda é de um homem de 40 a 60 anos que deixou de ter uma renda. Na sociedade grega, é o homem que deve ter a responsabilidade de sustentar a família", disse. "Com a crise, muitos passaram a viver um drama pessoal."

Na capital de Creta, Heráclion, o setor de frutas e legumes tem registrado uma onda de suicídios. Foram três em um mês. Outra vítima, também um dono de quitanda, foi socorrido a tempo de evitar a quarta morte, depois de jogar gasolina ao corpo e atear fogo em si mesmo, diante da porta de um banco onde tinha dívidas de mais de 600 mil.

O verão acabou, mas o desmonte do estado de bem-estar social ainda não. O governo já anunciou que elevará os impostos sobre a eletricidade e gás para o aquecimento das casas. Com a renda em queda, desempregados e sem futuro claro, muitos pensarão duas vezes antes de ligar o aquecedor quando o inverno gelado chegar.

Estado de Bem Estar Social

Queridos alunos do 1 e 2 EM, o tema da aula de sexta-feira 02/03 será Estado de Bem  Estar Social...
Falaremos sobre esse tema para relacionar com a aula de Atualidades.
Beijosss