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terça-feira, 27 de março de 2012

Platão e o mundo das ideias

Caderno 1 – Aula 04

Platão e o mundo das ideias

Todos são capazes de conhecer. Mas qual seria a origem do conhecimento?

Para Platão a busca pelo conhecimento verdadeiro deve ser entendida como a busca pela essência. Aquilo que é eterno e imutável.

A importância do pensamento socrático.

Os primeiro escritos de Platão foram uma resposta à injusta condenação de Sócrates. Para Platão, o discurso não é mera expressão e uma opinião, devendo estar fundamentado no que é verdadeiro. Platão incorporou e desenvolveu os ensinamentos socráticos.

Na tentativa de reproduzir as conversas que Sócrates mantinha, criou a forma do “diálogo”. Nesse diálogo estavam presente a maiêutica e a ironia. A dialética refere-se a essa busca da verdade pelo jogo do diálogo.

Existe algo que se chama Bom, e esse algo assume diversas características, na medida em que caracteriza pessoas, objetos e ações. Desse modo, temos o homem bom, a ação boa, o cavalo bom. O “bom” sempre existe, independentemente dos diversos itens que caracteriza. Chama-se a isso de forma: a forma Bom é única e eterna. O filósofo, busca conhecer as formas e sua essência.

O mundo da Ideias

As formas platônicas são uma expansão da forma socrática e se caracterizam, entre outros, pelo fato de não se aplicarem somente a conceitos abstratos como bom e mau, justo e injusto, mas também a seres e objetos da realidade concreta, como por exemplo, as plantas e os animais. Há algo em todo cão que nos permite identificá-lo como tal. Trata-se da forma cão. (p. 17)

Existe, portanto, uma diferença entre os objetos materiais (que se transformam, mudam) e as formas (eternas e imutáveis). As coisas materiais são percebidas pelos homens através dos órgãos dos sentidos (visão, audição, tato, etc.), enquanto as formas só podem ser entendidas pelo pensamento (ou pela “alma”).

Existe um mundo concreto, percebido pelos sentidos, com todas as suas imperfeições; mas além dele existe outro, o mundo das ideias, que contém as formas imutáveis e perfeitas. A tarefa do filósofo seria conhecer esse mundo.

Platão defendia a superioridade do mundo das ideias sobre o mundo material, pois, os nossos sentidos nos enganam.

O ser humano carrega essa dualidade: é ao mesmo tempo corpo (que se transforma e acaba por morrer) e aquilo que não é corpo e podemos chamar de alma (considerada imortal e sede do pensamento). Se a alma é eterna, pertence ao mundo das ideias, portanto, sempre existiu e sempre existirá.

Segundo Platão, guardamos dentro de nós a reminiscência, isto é, a lembrança das formas perfeitas com as quais nossa alma estava em contato antes de se juntar ao corpo.

As ideias são inatas (já nascemos com elas); os que amam o conhecimento (os filósofos) simplesmente aproximam-se delas, aprimorando o conhecimento que já possuem.

Quando Platão se refere a Eros, como o amor ao conhecimento e o desejo de se aproximar do imortal, a alma desejaria se libertar da prisão imperfeita que é o corpo.

O mito da caverna

P. 18 – parágrafos 5 e 6. Vídeo

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